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terça-feira, 17 de maio de 2011

Mau Hálito/Quem nunca passou por este incômodo?


Introdução
O mau hálito, também conhecido como halitose, é um problema comum que afeta muitas pessoas. Na grande maioria dos casos, é causado pela presença de bactérias na boca, como resultado de acúmulo de restos alimentares, placas dentárias ou doenças das gengivas.
Nem sempre a identificação do mau hálito é fácil, e outras pessoas normalmente percebem antes que a pessoa afetada note a alteração. Apesar disso, essas outras pessoas sentem embaraço e dificuldade em abordar o assunto com a pessoa afetada, de forma que o problema leva muito tempo pra ser notado.
Acredita-se que ate metade das pessoas apresentam mau hálito em algum momento de suas vidas, porém é difícil saber com certeza o quão comum é esse problema. O mau hálito ocorre frequentemente após a ingestão de alimentos de sabor forte, como alho e cebola. O tabagismo e o etilismo também podem levar a um odor desagradável. Ao contrário, a manutenção de boa higiene oral pode prevenir esse problema.
Causas
Na maioria dos casos (85-90%), o mau hálito tem origem na boca. As principais causas são:
  • Alimentação: como já comentamos, a ingestão de alimentos de sabor e odor forte pode levar a mau hálito, incluindo o alho e a cebola, entre outros. No caso desses alimentos, o mau hálito é causado pela eliminação de substâncias do metabolismo dos mesmos pelo ar que sai dos pulmões. Outra causa relacionada à alimentação refere-se ao acúmulo de restos alimentares entre os dentes, que são degradados pelas bactérias locais, levando à produção de gases com odor fétido.
  • Doenças dentárias: a má higiene oral e as doenças periodontais podem ser origem do mau hálito. Se você não escova os dentes e não usa o fio dental diariamente, as partículas de alimentos permanecem na sua boca e serão degradadas pelas bactérias, levando à produção de gases fétidos. Além disso, ocorre formação de placa bacteriana nos dentes que evolui para a inflamação da gengiva, podendo levar à perda do dente.
  • Boca seca: a saliva ajuda a hidratar e higienizar a boca. Quando há pouca produção de saliva, ocorre acúmulo de células mortas em todas as partes da boca, que podem sofrer decomposição e mau cheiro. Durante o sono, a boca permanece mais seca, e essa é a causa do mau hálito pela manhã, ao acordar. Devemos lembrar que o tabagismo contribui para a redução da produção de saliva.
  • Doenças da boca, nariz e garganta: em alguns casos de sinusite, pode ocorrer mau hálito devido ao gotejamento de secreções do nariz no fundo da garganta, levando a mau cheiro. No caso de crianças, a presença de mau hálito pode também indicar a presença de corpo estranho nas narinas. Infecções de garganta também podem causar mau hálito até que sejam tratadas.
  • Tabagismo: além da boca seca, os indivíduos que fumam apresentam maior risco de doenças da gengiva.
  • Dietas extremas: os indivíduos que fazem dietas extremas com longos períodos em jejum também apresentam mau hálito devido a alterações do metabolismo corporal.
Mau Hálito e Estômago
O conceito popular de que o mau hálito pode se originar no estômago é errado. No tubo digestivo, existem estruturas chamadas de esfíncteres (válvulas que se fecham após a passagem dos alimentos), que impedem a passagem dos odores gástricos para a boca. Assim, é pouco provável que o mau hálito se origine nesse órgão. Além disso, como já comentamos, o mau hálito devido à ingestão de alimentos como alho e cebola não é proveniente do estômago e sim da eliminação de gases de odor fétido pelos pulmões no ar expirado.
Existem duas situações nas quais o mau cheiro pode ser proveniente do estômago, que são: (1) na ocorrência de arrotos (eructações); e (2) na doença por refluxo gastresofágico, na qual a válvula entre o estômago e o esôfago apresenta funcionamento inadequado e permite a passagem do conteúdo do estômago de volta ao esôfago.
Diagnóstico
A identificação do mau hálito é simples, sendo baseada no relato do paciente ou de seu acompanhante. O mais importante na avaliação pelo dentista e/ou médico é a tentativa de se identificar a causa do mesmo e se descartar qualquer doença oral ou sistêmica que possa ser responsável pelo quadro. Deve-se realizar exame completo da boca, incluindo toda a mucosa oral, os dentes, a gengiva, a língua, a garganta e, em alguns casos, o nariz.
Tratamento
Se for determinado que não exista qualquer doença da boca, e que o mau cheiro não é de origem oral, o tratamento é direcionado para a causa sistêmica em questão, sendo o paciente encaminhado ao médico. Porém, na maioria dos casos a origem é na boca, sendo que o dentista pode indicar o melhor tratamento em cada caso. Nos casos de doença das gengivas, é importante a avaliação por profissional especializado, para remoção das placas bacterianas.
No tratamento e prevenção do mau hálito, a manutenção de boa higiene oral é fundamental, sendo recomendado:
  • Alimente-se em intervalos menores, de no máximo três horas, pois o jejum prolongado pode piorar o mau hálito
  • Evite consumir alimentos muito temperados, pois eles contribuem para a boca seca
  • Evite alimentos de sabor/odor forte, como alho, cebola, picles, bem como frituras e estimulantes (café, refrigerantes tipo ‘cola’)
  • Evite consumir álcool em excesso, bem como o tabagismo
  • Consumir quantidade adequada de líquidos (pelo menos 2L por dia)
  • Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, com escova de cerdas macias
  • Usar o fio dental pelo menos uma vez ao dia
  • Fazer uso do limpador de língua diariamente
  • Bochechos com soluções de limpeza ou enxagüantes bucais (de preferência à noite, antes de dormir)
  • Visitar seu dentista regularmente, pelo menos a cada seis meses
Fonte: uol/bibliomed

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