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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O QUE É SUCESSO?




O que é Sucesso?
Aos 02 anos sucesso é: conseguir andar.
sucesso
Aos 04 anos. sucesso é: não fazer xixi nas calças.
sucesso2
Aos 12 anos. sucesso é: ter amigos.
sucesso3
Aos 18 anos. sucesso é: ter carteira de motorista.
sucesso4
Aos 20 anos. sucesso é: fazer sexo.
sucesso5
Aos 35 anos. sucesso é: dinheiro.
sucesso6
Aos 50 anos. sucesso é: dinheiro.
sucesso7
Aos 60 anos. sucesso é: fazer sexo.
sucesso8
Aos 70 anos. sucesso é: ter carteira de motorista.
sucesso9
Aos 75 anos. sucesso é: ter amigos.
sucesso10
Aos 80 anos.. sucesso é: não fazer xixi nas calças.
sucesso11
Aos 90 anos. sucesso é: conseguir andar.
sucesso12
Assim é a vida….
"…Não levamos nada dessa vida, para que perder tempo com maldade, com falsidade, com falta de amor…
Todos teremos o mesmo destino, independentemente da condição financeira, da classe social; portanto, ame, brinque, perdoe e aproveite a vida…
Seja feliz!"

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Natal Solidário de Almenara arrecada mais de 1,6 mil cestas

Mais de 200 instituições participaram arrecadando alimentos, bBinquedos e materiais escolares
Nos dias 21, 22 e 23 de dezembro de 2011, a comissão da Campanha “Rede em Ação no Natal Solidário de Almenara” finalizou as arrecadações de alimentos não perecíveis e brinquedos, encerrando o projeto que visou o atendimento de famílias carentes de Almenara, no Baixo Jequitinhonha.

A maior campanha solidária já realizada no Vale do Jequitinhonha novamente surpreendeu os organizadores, uma vez que as doações ultrapassaram a arrecadação do ano passado em mais de 15%.
Iniciado a partir da expansão de um projeto de ações sociais, denominado REDE EM AÇÃO, no qual 14 instituições prestavam diversos serviços sociais, de lazer, segurança e saúde na Zona Rural no ano de 2010, a campanha REDE EM AÇÃO NO NATAL SOLIDÁRIO DE ALMENARA finalizou suas ações com mais de 200 instituições, entre órgãos públicos e empresas privadas, tendo como idealizadores/mobilizadores a Polícia militar, a Prefeitura Municipal e o SESC Laces Almenara.

Foram arrecadadas mais de 1.600 cestas básicas, 2.005 brinquedos e 1.125 materiais escolares, os quais estão sendo distribuídos para as famílias carentes através de 37 instituições beneficentes.
Mas o principal mérito do projeto não foi a tamanha arrecadação, mas sim os resultados alcançados devido à integração entre as entidades não-governamentais, instituições governamentais, a comunidade, comerciantes, organizações religiosas e outras várias representações.

Fonte: Diário do Jequi, de Almenara

Globo Repórter mostra que Coral Meninos de Araçuaí colocou cidade no mapa cultural do país

Projeto Social de música atende a 180 crianças da periferia da cidade
O Globo Repórter da noite desta sexta-feira, 23.12, apresentou vários projetos sociais desenvolvidas com crianças no interior do Brasil. Um destes projetos é o Meninos de Araçuaí, na cidade de mesmo nome, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas.
O texto do programa informa o seguinte:
“O que nos leva a esta cidade é um canto primoroso e enriquecedor. A região tem ares de cidade nordestina. Afinal, estamos quase na divisa com a Bahia. Araçuaí tem 30 mil habitantes. Com criatividade enfrenta seu maior problema: falta de oportunidade.
No quarto a música não dorme. Pelo contrário, é ela que desperta para a transformação. O cantor e compositor Josimo Medina brinca com o Boi Menino. Nesta casa pintada de tinta e terra que 180 crianças participam do Projeto Ser Criança. O que estas crianças fazem aqui ? Aprendem, brincando. A receita é fácil e divertida. Juliana Santana, educadora, informa que cada criança escreve a letra e o nome que sabe os biscoitos escrevido na lata par assar biscoito.Contas feitas, elas botam a mão na massa e fazem biscoitos de goma. E capricham na caligrafia.
Cléia Celestino da Silva, coordenadora do projeto, esclarece que tudo no ensino gira em torna da roda. Aprende-se a respeitar os direitos dos outros. Emily Alves Miranda, 10 anos, diz que nos jogos expressa seus sentimentos, perdeu a timidez.
Cléia diz já viajou muito, até no exterior, cantando e se apresentando com Milton Nascimento e Gilberto Gil.
O grupo Coral Meninos de Araçuaí existe há 13 anos, formando várias gerações de músicos e cidadãos. Pitágoras da Silva se transformou em professor de músico. Yuri Hunas Miranda se transformou em percussionista profissional. Ele diz que os meninos de Araçuaí colocaram a cidade no mapa cultural do país, enchendo a cidade de orgulho.
Todo este trabalho é realizado com a direção de Regina Bertola, do Grupo Ponto de Partida, de Barbacena. Montaram um grande espetáculo de dança, música e coreografia; Nhá Terra.
Os pais morrem de saudade e nunca acompanham as crianças em seus espetáculos nas grandes cidades e palcos do país.
Eles se apresentam no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a mais importante e tradicional casa de espetáculos de Minas Gerais. Os pais foram ver pela primeira vez.”
Veja você também a história dos Meninos de Araçuaí, clicando aqui:

Fonte: Globo Repórter, de 23.12.2011

Rubinho do Vale participa de oficinas pedagógicas em Rubim sua cidade natal.




A Escola Estadual Cardeal Leme recebeu seu ex-aluno, o cantor e compositor Rubinho do Vale, nos  dias 12 e 13 de Dezembro de 2011. Rubinho recebeu homenagens das crianças da 5ª Série que apresentaram números artísticos cantando suas canções. Foi um reencontro para o cantor que tão bem representa a cultura do Vale do Jequitinhonha e há bastante tempo o artista não cantava na sua terra. Rubinho do Vale apresentou a Oficina Cantoria Pedagógica  para educadores no dia 12 e no dia 13 cantou para as crianças, professores e para o público em geral. A Escola Estadual Cardeal Leme que já fazia um trabalho de incentivo à leitura – Cardeal lê -  tendo como parceira a música da Rubinho, ficou em festa, convidou a comunidade  e envolveu a cidade pesquisando sobre a vida e a obra desse cantador do Vale. As crianças, as professoras Eliane, Rosanea e Selma Fátima,   com a coordenação de Dóris, diretora da Escola Estadual Cardeal Leme emocionaram Rubinho do Vale e mostraram o quanto é importante valorizar a cultura da região ainda mais através de um artista da própria cidade.
Na Cantoria para Educadores Rubinho contou história que relaciona a música com a educação, fez uma viagem pela cultura mineira e brasileira através das cantigas de forma descontraída e interativa. Inspirado na música popular e folclórica, na diversidade da cultura  brasileira, o artista convidou o educador para abrir o coração e deixar manifestar a beleza da arte que cada um traz dentro de si. E o show para as crianças foi uma festa do começo ao fim.
As apresentações de Rubinho do Vale em Rubim foram feitas através do projeto “Trem da História – Turnê o Oficinas com Rubinho do Vale”, viabilizado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Usiminas e apoio cultural do  Instituto Cultural Usiminas e Secretaria Municipal de Educação de Rubim, na pessoa da secretária ,Ana Dias Guimarães.

Por: Eldvin Aldrin Mendes Leonardo
Professor, Poeta, Escritor e Agente Cultural – Rubim/MG.


sábado, 24 de dezembro de 2011

Salário mínimo passa a valer R$ 622 a partir de janeiro


                                     Com reajuste de 14,13% o salário mínimo aumenta pra R$622,00

A presidente Dilma Rousseff assinou neste sábado o decreto que determina o valor de R$ 622 para o salário mínimo a partir de janeiro de 2012.
O reajuste representa aumento de 14,13% em relação ao valor atual, de R$ 545. O decreto será publicado noDiário Oficial da União de segunda-feira, dia 26.
O método de reajuste do salário mínimo foi definido no início de 2010 por meio de uma medida provisória aprovada pelo Congresso.
O valor é calculado com base na inflação dos dois anos anteriores, acrescido do percentual de crescimento da economia do ano anterior de sua validade. Pela primeira vez, o valor do reajuste obedece a esses critérios.
A MP também determina que até 2015 todas as definições sobre o valor do mínimo serão feitas por meio de decreto presidencial.

Entre Papai-Noel e Menino Jesus


Da última vez que visitei Oslo, reuniam-se na capital norueguesa ministros do turismo de países escandinavos e bálticos para decidir: qual é a terra de Papai-noel?
Ministros da Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Islândia quebravam a cabeça para decidir como evitar propaganda enganosa junto ao público infantil. A criançada queixava-se: alguém mentia. Papai-noel não pode ter nascido -como sugeria a concorrência entre agências de turismo- na Lapônia e na Groenlândia, lugares distintos e distantes um do outro.
Não conheço o resultado da conferência de Oslo. Espero que, se não chegaram a um acordo, pelos menos a guerra, se vier, seja apenas de travesseiros. Mas é a Finlândia que melhor explora a figura do velho presenteador transportado no trenó puxado por renas. Assinala inclusive a sua terra natal: Rovaniemi, onde o Santa Park é, todo ele, tematizado por Papai-noel, lá denominado Santa Claus.
Sabemos todos que Papai-noel nasce, de fato, na fantasia das crianças. Acreditei nele até o dia em que me perguntei por que o Paulo, filho da empregada, não recebera tantos presentes de Natal como eu. O velhinho barbudo discrimina os pobres?
Malgrado tais incongruências, Papai-noel é uma figura lendária, reaviva a criança que trazemos em nós. E disputa a cena com o Menino Jesus, cujo aniversário é o motivo de festa e feriado de 25 de dezembro. Papai-noel enriquece os correios no período natalino, tantas as cartas que são remetidas a ele. Aliás, basta ir aos Correios e solicitar uma das cartas que crianças remetem ao velhinho barbudo. Com certeza o leitor fará a alegria de uma criança carente.
Não se sabe o dia exato em que Jesus nasceu. Supõem alguns estudiosos que em agosto, talvez no dia 7, entre os anos 6 ou 7 antes de Cristo. Sabe-se que morreu assassinado na cruz no ano 30. Portanto, com a idade de 36 ou 37 anos, e não 33, como se crê.
Tudo porque o monge Dionísio, que no século 6 calculou a era cristã, errou na data do nascimento de Cristo.
Até o século 3, o nascimento de Jesus era celebrado a 6 de janeiro. No século seguinte mudou, em muitos países, para 25 de dezembro, dia do solstício de inverno no hemisfério Norte, segundo o calendário juliano. Evocavam-se as festas de épocas remotas em homenagem à ressurreição das divindades solares.
Os cristãos apropriaram-se da data e rebatizaram a festa, para comemorar o nascimento Daquele que é “a luz do mundo”. Para não ficar de fora da festa, os não cristãos paganizaram o evento através da figura de Papai-noel, mais adequado aos interesses comerciais que marcam a data.
Vivemos hoje num mundo desencantado, porém ansioso de reencantamento. Carecemos de alegorias, mitos, lendas, paradigmas e crenças. O Natal é das raras ocasiões do ano em que nos damos o direito de trocar a razão pela fantasia, o trabalho pela festa, a avareza pela generosidade, centrados na comensalidade e no fervor religioso.
Pouco importa o lugar em que nasceu Papai-noel. Importa é que o Menino Jesus faça, de novo, presépio em nosso coração, impregnando-o de alegria e amor. Caso contrário, corremos o risco de reduzir o Natal à efusiva mercantilização patrocinada por Papai-noel. Isso é particularmente danoso para a (de)formação religiosa das crianças filhas de famílias cristãs, educadas sem referências bíblicas e práticas espirituais.
Lojas não saciam a nossa sede de Absoluto. Há que empreender uma viagem ao mais íntimo de si mesmo, para encontrar um Outro que nos habita. Esta é, com certeza, uma aventura bem mais fascinante do que ir até a Lapônia.
Contudo, as duas viagens custam caro. Uma, uns tantos dólares. Outra, a coragem de virar-se pelo avesso e despir-se de todo peso que nos impede de voar nas asas do Espírito.
Frei Betto é escritor, autor do romance Um homem chamado Jesus (Rocco), entre outros livros. http://www.freibetto.org/> twitter:@freibetto.

NATAL - A volta de Jesus, 2011 anos depois.








A VOLTA DE JESUS

Frei Betto

Sem chamar a atenção, Jesus voltou à Terra em dezembro de 2011. Veio na pessoa de um catador de material reciclável, morador de rua. Comia prato feito preparado por vendedores ambulantes ou sobras que, pelas portas do fundo, os restaurantes lhe ofereciam.

Andava sempre com uma pomba pousada no ombro direito. Estranhou o modo como as pessoas bem vestidas o encaravam. Lembrou que, na Palestina do século 1, sua presença suscitava curiosidade em alguns e aversão em outros, como fariseus e saduceus.

Agora predominava a indiferença. Sentia-se, na cidade grande, um Ninguém. Um ser invisível.

Ao revirar latas de lixo à porta de uma faculdade, nenhum estudante ou professor o fitou. “Fosse eu um rato a remexer no lixo, as pessoas demonstrariam asco,” pensou. Agora, nada. Nem o percebiam. Ou consideravam absolutamente normal um homem andrajoso remexer o lixo.

Graças a seu olhar sobrenatural, capaz de apreender alma e mente das pessoas, Jesus sabia que eram, quase todas, cristãs...

Roubaram um carro defronte a faculdade. A vítima, uma estudante cirurgicamente embelezada, apontou-o como suspeito de cúmplice dos ladrões. A polícia, sem pistas dos criminosos, decidiu prendê-lo para aplacar a ira da moça, filha de um empresário.

O delegado inquiriu-o:
— Nome?

— Jesus.

— Jesus de quê?

— Do Pai e do Espírito Santo.

O delegado ditou ao escrivão:

— Jesus da Paz, natural do Espírito Santo.

A polícia conhece a diferença entre bandidos e moradores de rua. Tão logo a moça e seus pais deixaram a delegacia, Jesus foi liberado.

Saiu pela avenida, de olho nas vitrines das lojas. Todas repletas de enfeites de Natal. Tentou avistar um presépio, os reis magos, uma imagem do Menino Jesus... Viu apenas um velho de barba branca, gordo, com a cabeça coberta por um gorro tão vermelho quanto a roupa que vestia. O menino nascido em Belém havia sido substituído por Papai Noel. A festa religiosa cedera lugar ao consumismo compulsivo e à entrega compulsória de presentes.

Impressionou-se com os rápidos flashes coloridos dos televisores expostos nas lojas. A profusão de anúncios. Comentou com o Espírito Santo:

— Houvesse TV naquela época, teriam transmitido o Sermão da Montanha como um discurso subversivo e exibido no Fantástico a multiplicação dos pães. Se eu facilitasse, uma marca qualquer de cerveja iria querer me patrocinar...

Em busca de material reciclável, Jesus se surpreendeu com a quantidade e a variedade de lixo. Quanta coisa ele não conhecia! Como as pessoas consomem supérfluos! Quanta devastação da natureza!

Dormiu num banco de praça. Ao acordar, deu-se conta de que desaparecera seu saco repleto de latinhas e papéis. Possivelmente outro catador o levara. Pobre roubando pobre. Resignado, passou o dia revirando lixo para ganhar uns trocados e poder garantir a janta.

Tarde da noite, viu uma igreja aberta. Decidiu entrar. Os fiéis, ao vê-lo tão maltrapilho, torceram o nariz. Jesus preferiu ficar de pé no fundo do templo. A Missa do Galo se iniciava. Achou o padre com cara triste, como se celebrasse um ritual mecânico. O sermão soou-lhe moralista. Não sentiu que houvesse, ali, a alegria da comemoração do nascimento de Deus feito homem. Os fiéis se mostravam apressados, ansiosos por retornarem às suas casas e se fartarem com a ceia natalina.

Terminada a missa, Jesus perambulou pela cidade. Pelas calçadas, sacos de lixo estufados de embalagens para presentes, caixas de papelão, ossos de frango e peru, cascas de ovos... Observou os moradores de um prédio reunidos no salão do andar térreo. Comiam vorazmente, estouravam garrafas de espumantes, trocavam presentes, abraços e beijos. Nada ali, nenhum símbolo, que lembrasse o significado originário daquela festa.

Passou diante de uma padaria que fechava as portas. O padeiro, ao ver o catador, pediu que esperasse. Retornou lá de dentro com uma sacola de pães, fatias da salame e um refrigerante.

— É pra você comemorar o Natal – disse o homem.

Jesus chegou a uma praça semiescura. Havia ali uma mulher excessivamente maquiada. Buscou um banco e ali se instalou para poder comer. A mulher se aproximou:

— Ei, cara, tem o que aí?

— Pão, salame e refrigerante.

— Não comi nada hoje. E a noite tá fraca. Faz duas horas que estou aqui e nada de freguês. Acho que em noite de Natal os caras ficam com culpa de pegar mulher na rua.

Jesus preparou o sanduíche e estendeu-o à mulher.

— Se não importa de beber no mesmo gargalo...

— Tenho lá nojo de alguma coisa? – murmurou a mulher. ¾ Se tivesse, não estaria rodando a bolsinha na rua.

— Você não tem família?

— Tenho, lá na roça. Larguei aquela miséria pra tentar uma vida melhor aqui na cidade. Como não fui pra escola, o jeito é alugar meu corpo.

— Esta noite de Natal não significa nada pra você?

— Cara, você não imagina o que já chorei hoje lá na pensão. A gente era pobre, mas toda noite de Natal minha mãe matava um frango e, antes de comer, a família rezava um terço e cantava Noite feliz. Aquilo me deixava muito feliz. Não posso relembrar que as lágrimas logo inundam os olhos – disse ela puxando o lenço de dentro da bolsa.

A mulher fez uma pausa para enxugar as lágrimas e indagou:

— Acha que, se Jesus voltasse hoje, esse mundo iria melhorar?

— Não sei... O que você acha?

— Acho que ninguém ia dar importância a ele. Essa gente só quer saber de festa, e não de fé. Mas bem que ele podia voltar. Quem sabe esse mundo arrevesado tomava jeito.

— Eu não gostaria que ele voltasse. Não adiantaria nada. Há dois mil anos ele veio e deixou seus ensinamentos. Uns seguem, outros não. Se o mundo está desse jeito, a ponto de eu ter que catar lixo e você alugar o corpo, a culpa é nossa, que não damos importância ao que ele ensinou. Veja, hoje é noite de Natal. Jesus renasce para quem?

— No meu coração ele renasce todos os dias. Gosto muito de orar, não faço mal a ninguém, ajudo a quem posso. Mas, sabe de uma coisa? Eu gostaria de poder falar com Jesus, assim como nós dois estamos conversando aqui.

— E o que diria a ele?

— Bem, eu perguntaria se ser prostituta é pecado. Já vi um padre dizer que sim, e ouvi outro falar que não. O que você acha?

— Acho que Deus é mais mãe do que pai. E lembro que Jesus disse um dia aos fariseus que as prostitutas iriam entrar no céu primeiro que eles.


Frei Betto é escritor, autor do romance “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros.

O CANGALHANET DESEJA A TODOS UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

SOLIDARIEDADE AOS VENCIDOS - Rodolpho Motta Lima


Nunca é ético tripudiar sobre o vencido. Nas vitórias, recomenda-se uma certa condescendência com quem perdeu. Por isso, para aqueles de coração aberto, ofereço aqui algumas sugestões de votos de solidariedade para com os derrotados, neste momento em que estão lambendo suas feridas. 
Em primeiro lugar , pode-se escolher a solidariedade com o tucano vencido , porque é fácil imaginar a dor de cabeça que o forte impacto de uma bolinha de papel lhe deve ter causado, moral e fisicamente; ou o arrependimento que deve estar sentindo por não ter deixado a outro (um mineiro, talvez) a ingrata missão de opor-se a um projeto de aprovação popular. A solidaridade ao candidato pode e deve estender-se a muita gente próxima a ele, que deve ter passado noites insones , ao longo do período eleitoral, imaginando a candidata vencedora a executar criancinhas em praça pública, em cerimônias de aborto coletivo... 
Igualmente humanitária seria a posição de solidariedade que se dirigisse para os políticos vencidos na derrota dos tucanos. Ela poderia destinar-se, por exemplo, a uma série de ex-senadores (tucanos ou agregados) , a maioria deles do Norte ou Nordeste, caciques que, de repente, se descobriram sem tribos, e que, até agora, não devem estar entendendo como conseguiram perder as eleições depois de tentar destruir, sem tréguas, a figura de um presidente com 82% de aplauso do povo. 
Um voto especial, nesse âmbito, pode ir, seguramente, para o Sr. César Maia, que, na voz das urnas, encontrou ressonância equivalente às vozes que vemos diuturnamente ecoar na “Cidade da Música”, elefante branco que marcou a sua gestão na Prefeitura carioca... 
Outra que merece essa mão estendida é a mídia corporativa desse país, esse poderosíssimo poder de fazer cabeças, mas injustamente não levada em consideração no pleito presidencial pela maioria dos eleitores, apesar dos esforços éticos e aéticos , factuais ou ficcionais, que levou a efeito para tentar eleger o candidato que perdeu. E, nesse caso específico, a solidariedade deve abranger os valentes profissionais que compõem essa mídia, entre eles alguns comentaristas políticos e economistas de nomeada,”especialistas” que devem até agora estar se interrogando sobre como, onde e por quê erraram, já que fizeram certinho o dever de casa (ou melhor, o dever “da casa” onde trabalham)... Deve ser horrível fazer jornalismo em um país em que as pessoas se atrevem a ter juízo próprio... 
Por falar nisso, não se deve esquecer uma possível solidariedade aos leitores que escrevem cartas nessas publicações midiáticas – em sua esmagadora maioria, legitimos representantes de uma elite que, raivosa, a julgar pela forma como se manifesta, tem imensa dificuldade em conviver bem com a melhor repartição do pão que sobra em fartas mesas, com o maior movimento de gente nos aeroportos, com a maior presença de “estranhos” nas universidades, enfim, com a felicidade melhor distribuída...Imagino como estejam tristes pelo fato de não ter sido ainda desta vez que se reinstaurou entre nós o nirvana dos privilegiados... 
Também há a possibilidade de se ser solidário a algumas entidades religiosas (instituições ou seitas, não importa) que, não se pode negar, cumpriram direitinho – embora sem êxito, no final das contas (que pena!) - o seu papel de aterrorizar os eleitores com assuntos que não deveriam ter composto o cardápio eleitoral. Um destaque especial pode ser conferido ao Papa, que fez todo o esforço possível para que o obscurantismo prevalecesse , mas que não encontrou, entre os seus fiéis, tanta devoção à causa quanto julgava, apesar das recomendadas lavagens cerebrais eclesiásticas. 
Há ainda a solidariedade aos verdes – cuja “onda”, afinal de contas, acabou por não gerar mais que uns gatos pingados no Congresso - e aos de outras colorações que, por não terem uma posição firmada sobre coisa alguma, encontraram grande dificuldade para se manterem em cima de muros, em posição desconfortável que, quem sabe, ainda lhes poderá trazer, no futuro, outros problemas de desvio na coluna ideológica. Aqui excluo, em nome da verdade, o Sr Fernando Gabeira, que, embora verde, jamais se omitiu e deixou claríssima sua posição de aproximação retrógrada com a turma da direita 
Pode ser que, tocados por essa onda de solidariedade, alguns desses derrotados venham a experimentar uma crise de consciência ou uma correção de rumos. Não sou muito otimista quanto a isso. A julgar pelo tom da “saudação” do candidato derrotado no discurso que se seguiu à proclamação dos resultados, penso que Dilma e as forças vitoriosas não devem desprezar as potencialidades venenosamente vingativas desse pessoal. E devem, desde já, prevenir-se com o antídoto infalível – porque já testado e comprovado - da continuidade dos projetos de redenção social como tônica do Governo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Concurso do INSS abre inscrições para 1.875 vagas 30 cargos são para cidades do Vale





O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou na sexta-feira, 16.12, no "Diário Oficial da União", a abertura de concurso para 1.875 vagas. Ao todo, são 375 vagas para o cargo de perito médico previdenciário e 1,5 mil para técnico do seguro social. As vagas são distribuídas nas Agências da Previdência Social nos 26 estados e Distrito Federal. No caso dos médicos, o salário chega a R$ 9.070,93. Para os técnicos, a remuneração alcança R$ 4.496,89 com gratificações e auxílio alimentação.
O concurso era um dos mais esperados do ano devido ao grande número de vagas de nível médio e o salário acima da média para esse nível de escolaridade. 

O concurso realizado em 2008 para 1,4 mil vagas de técnico do seguro social e 600 para analista do seguro social, de nível superior, teve 593.043 candidatos inscritos. O cargo de técnico foi o mais disputado - 499.322 inscritos ou 356,66 candidatos por vaga. Cerca de 508 mil candidatos fizeram as provas.
O edital foi publicado no "Diário Oficial da União" entre as páginas 220 e 236 da Seção 3.

Para o cargo de técnico será exigido certificado de conclusão de curso de nível médio (antigo segundo grau) ou curso técnico equivalente. Para perito é exigido diploma de conclusão de curso de graduação de nível superior em medicina e registro regular no Conselho Regional de Medicina.

Inscrições

De 19 de dezembro a 11 de janeiro;
Vagas: 1.875, sendo 30 para cidades do Vale
Salário: R$ 4.496,89 e R$ 9.070,93;
Taxa: R$ 51,70 e R$ 61,70;
Prova: 12 de fevereiro de 2012.

O candidato poderá concorrer aos dois cargos, mas deverá optar pela mesma Gerência Executiva (cidade de realização das provas).
As inscrições serão pelo site da Fundação Carlos Chagas, http://www.concursosfcc.com.br/ , a partir das 10h desta segunda-feira, 19.12, até 14h de 11 de janeiro de 2012. As inscrições vão custar R$ 61,70 e R$ 51,70, respectivamente para médicos e técnicos. Os candidatos também podem se inscrever em postos listados no anexo III do Edital.
Para o cargo de perito médico previdenciário a seleção será realizada por meio de provas objetivas e de títulos; para o cargo de técnico do seguro social a seleção será realizada por meio de provas objetivas.
Para técnico serão aplicadas provas de conhecimentos gerais nas disciplinas de ética no serviço público, regime jurídico único, noções de direito constitucional, língua portuguesa, raciocínio lógico e noções de informática, além de prova de conhecimentos específicos, relacionados à legislação previdenciária.
Para perito as provas de conhecimentos gerais terão língua portuguesa, ética no serviço público, noções de direito constitucional e noções de direito administrativo. haverá ainda prova de conhecimentos específicos.
Para ambos os cargos, as provas objetivas terão caráter eliminatório e classificatório, sendo considerados eliminados os candidatos que não obtiverem, no mínimo, cumulativamente, 30% de acertos na prova de conhecimentos gerais; 30% de acertos na prova de conhecimentos específicos; 40% de acertos no total de ambas as provas.

Vagas no Vale do Jequitinhonha 

Técnico de Seguro Social - 23 vagas

Município - Vagas - Portador de Deficiência - Total
APS Araçuaí - 3 - 1 - 4 - Médio Jequitinhonha
APS Bocaiúva - 1 - 0 - 1 - Semiárido
APS Capelinha - 2 - 0 - 2 - Alto Jequitinhonha
APS Caraí - 3 - 0 - 3 - Médio Jequitinhonha
APS Itaobim - 2 - 0 - 2 - Médio Jequitinhonha
APS Itamaranadiba - 3 - 0 - 3 - Alto Jequitinhonha
APS Jequitinhonha - 1 - 0 - 1 - Baixo Jequitinhonha
APS Medina - 1 - 0 - 1 - Médio Jequitinhonha
APS Minas Novas - 1 - 0 - 1 - Alto Jequitinhonha
APS Pedra Azul - 2 - 0 - 2 - Médio Jequitinhonha
APS Serro - 1 - 0 - 1 - Alto Jequitinhonha
APS Rio Pardo de Minas - 1 - 0 - 1 - Semiárido
APS Salinas - 1 - 0 - 1 - Semiárido

Médico Perito - 7 vagas

APS Araçuaí - 1 - 0 - 1 - Médio Jequitinhonha
APS Capelinha - 1 - 0 - 1 - Alto Jequitinhonha
APS Itaobim - 1 - 0 - 1 - Semiárido
APS Pedra Azul - 1 - 0 - 1 - Médio Jequitinhonha
APS São João do Paraíso - 1 - 0 - 1 - Semiárido
APS Salinas - 1 - 0 - 1 - Semiárido
APS Taiobeiras - 1 - 0 - 1 - Semiárido

A aplicação das provas objetivas para o cargo de perito médico previdenciário está prevista para o dia 12 de fevereiro de 2012, no período da manhã, e para o cargo técnico do seguro social, no período da tarde.
Clique aqui e veja mais informações: Edital completo.concurso.inss